31/05/2008

Finalmente aconteceu.
Vazio, espaços mortos, lágrimas por dias.
Mágoas passam e o sol vigia por entre a obscuridade,
Traz novas cores, calor para reconfortar
o corpo que mirrou no cinzento da manhã.
O ninho convida ao descanso
E as lembranças ao desespero. O telefone toca
E entendo que o Conviva de Pedra ainda
Não me que chamar. Ainda há um espaço para o encantamento.
Há luz nas ruas; Quando pesadamente o cortinado se afasta, fito.
(Processo continuado que perdura).
Não vejo, olho apenas. Ver não é um procedimento
Válido para quem se quer manter à margem.
No entanto, escuto sons. Vozes distorcidas que guincham
Alegremente em jeito de risos quentes. Sinto.
Um arrepio percorre os meus nervos e auguro
Que nada terminou, mas antes tudo recomeça.
Os lábios, os abraços... a felicidade ainda
Está à espera do seu momento. Prepara-se para o seu
Esplendor. Não se dará de mão beijada. Está a estudar-me.
Agradeço. Compreendo a caminhada.
Acredito agora alegremente.


Li