06/02/2008

Prazer

E eu não sei que mais posso ser
Um dia Rei, outro dia sem comer.
Por vezes forte, coragem de Leão.
Às vezes fraco, assim é o coração.
E eu não sei. Que mais te posso te dar,
um dia jóias, outro dia o luar.
Gritos de dor, gritos de prazer.
que um homem também chora
quando assim tem de ser.
Foram tantas as noites sem dormir.
Tantos quartos de hotel, amar e partir.
Promessas perdidas escritas no ar,
e logo ali eu sei...
Que tudo o que eu te dou, tu me dás a mim.
e Tudo o que eu te dou.
Deitado na poltrona beijas-me a pele morena.
Fazes aqueles truques que aprendeste no cinema.
Mais peço eu. Já me sinto a viajar.
pára, recomeça e fazes-me acreditar.
Não! dizes tu. E o teu olhar mentiu.
Enrolados pelo chão, num abraço que se viu.
É madrugada, ou é alucinação:
estrelas de mil cores, exctasy ou paixão.
Esse odor traz tanta saudade.
Mata-me de amor, dá-me liberdade.
Deixa-me voar, cantar e adormecer...

Pedro Abrunhosa

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